Publicada em 18/6/2019

Conheça o caminho do sangue doado depois da coleta nos postos

Doar sangue é uma ação que pode salvar muitas vidas. Os primeiros passos da coleta são bem conhecidos. O doador vai até um posto de coleta com os documentos, preenche um cadastro e realiza alguns exames. Caso atenda aos requisitos, doa o equivalente a uma bolsa de 450 ml.

Porém, o que muita gente não sabe são os caminhos percorridos até chegar a um paciente. Assim que o sangue é coletado, passa por um processo de separação de hemocomponentes. Uma única bolsa se transforma em quatro: uma de hemácias, uma de plaquetas, uma de plasma e outra de crioprecipitado. Isso permite que mais de uma pessoa seja beneficiada com apenas uma doação.

Em seguida, elas são armazenadas e passam por testes sorológicos e imuno-hematológicos para garantir a sua eficácia até a transfusão. Ali são realizados os exames de tipagens e a verificação de possíveis doenças. Se os resultados indicarem a inexistência de qualquer irregularidade, o sangue está pronto para ser encaminhado às instituições de saúde.

Fundação Pró-Sangue

No Estado, a Fundação Pró-Sangue é o principal centro de referência em medicina transfusional. A instituição é ligada à Secretaria de Estado Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Mensalmente, são coletadas e processadas cerca de 12 mil bolsas de sangue para o abastecimento de, em média, 100 unidades da rede estadual de saúde. Isso equivale a 32% do sangue consumido em toda Região Metropolitana de São Paulo. A Fundação tem o desafio diário de manter os estoques de sangue sempre estáveis e a qualidade do tratamento até chegar aos hospitais.

Infelizmente, o número de doadores em todo o país ainda é muito baixo. Para o médico hemoterapeuta da Fundação Pró-Sangue André Albiero, “já que não temos como fabricar o sangue, é necessário conscientizar as pessoas sobre a importância da doação, pois o ato tem que ser voluntário e altruísta”.

Marcello Augusto começou a doar sangue há 20 anos, quando sua irmã foi diagnosticada com câncer e precisou de transfusão. Hoje, ele é presidente da ONG Domingo Solidário, que organiza grupos de voluntários para fazer a doação todo último domingo do mês. “Eu nunca mais parei. Já fiz mais de 50 doações. Eu acredito nesta causa e sempre que posso tento ajudar a repor os estoques”, finaliza.

Notícias

Com aval do Governo Federal, CDHU retoma desmontagem de casas vazias no Moinho


Sede do Governo de São Paulo se ilumina de verde em campanha de combate ao glaucoma


SP apresenta projetos do novo Centro Administrativo e do túnel Santos-Guarujá na Brazilian Week


Governo de SP promove destinos paulistas em roadshow pela América do Sul