Publicada em 17/2/2025

De onde vêm os alertas da Defesa Civil? Conheça o novo CGE

A Defesa Civil do Estado de São Paulo inaugurou o seu novo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. É de lá que saem os alertas meteorológicos que aparecem nos celulares da população. Além disso, é também no Centro que os agentes realizam a previsão do tempo no estado. Conheça as novidades do CGE e saiba como funcionam os alertas da Defesa Civil.

O monitoramento do tempo dentro do CGE usa diversos equipamentos espalhados pelo estado de São Paulo. Eles incluem sete radares, estações meteorológicas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, radares da Secretaria de Meio Ambiente e Logística, entre outros. Os dados gerados por esses equipamentos são integrados ao CGE, o que permite à Defesa Civil prever riscos.

No caso dos alertas da Defesa Civil que a população recebe no celular, o meteorologista do CGE analisa as informações vindas dos radares e de pluviômetros e avalia o risco da chuva. Com isso, os alertas podem ser severos ou extremos. Os severos indicam alta possibilidade de risco. Nesse caso, um pop-up padrão aparece na tela do usuário. Já os alertas extremos tratam de risco iminente e disparam por meio de um som diferenciado no celular, congelando suas funções até o usuário confirmar que viu o aviso.

No CGE, o meteorologista da Defesa Civil elabora um alerta de acordo com a normativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no que diz respeito ao tamanho da mensagem. O disparo do alerta ocorre para os celulares encontrados nas regiões de maior risco. Ou seja, ocorre em uma área delimitada pela Defesa Civil com base em antenas de celular. A área pode ser um bairro, uma cidade ou até uma região metropolitana.

A Defesa Civil utiliza o sistema Cell Broadcast para efetuar o disparo de alertas desde dezembro de 2024. Com ele, todo aparelho celular de determinada região conectado a uma antena de telefonia e recebendo sinal 4G ou 5G recebe mensagens de alerta. Além do alerta sobre os riscos, a ferramenta deve informar sobre locais para evacuação e pontos seguros.

“É importante que as pessoas que receberam a mensagem sigam as orientações da Defesa Civil para se dirigir a um local seguro ou para não sair”, ressalta a Major Michele Cesar, diretora da Divisão de Resposta da Defesa Civil do Estado de São Paulo.

Esse processo pode contar com a participação dos municípios. Em Monte Mor, por exemplo, a Defesa Civil municipal indicou ao órgão estadual o risco de chuva em uma área específica da cidade. Com isso, a Defesa Civil estadual ficou responsável por disparar o alerta e orientar sobre a evacuação do local.

Novo CGE

O governador Tarcísio de Freitas inaugurou o novo CGE no dia 13 de fevereiro. “Precisamos de tecnologia e espaço. A responsabilidade de envio de alerta é muito grande e o espaço é compatível com a responsabilidade. Hoje, estamos com um espaço mais moderno, com mais telas e mais equipamentos de monitoramento”, explica a Major Michele Cesar.

A reforma do CGE integra a campanha SP Sempre Alerta, que aprimora a gestão de riscos, a prevenção e a atuação do Governo frente a desastres naturais e eventos climáticos extremos. O investimento na modernização do CGE e na instalação do Centro Paulista de Radares e Alertas Meteorológicos (Cepram) foi de R$ 47,1 milhões.

Alertas da Defesa Civil

Os alertas feitos pelo Cell Broadcast são feitos em nowcast, ou seja, monitoramento em curto espaço de tempo. Muitas vezes, os alertas vêm próximos à chuva para garantir maior precisão ao aviso. Isso porque uma nuvem carregada de chuva pode se deslocar com alta velocidade ou pode estacionar, alterando a previsão. Para previsões mais alongadas e precoces, consulte as redes sociais da Defesa Civil do Estado de São Paulo, onde é possível ver uma previsão do tempo semanal.

Outra forma de alerta da Defesa Civil é por SMS. É possível cadastrar um CEP enviando a informação pelo 40199. Lá, é possível receber alertas de um endereço específico, como a residência, casa de veraneio ou trabalho.

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