Publicada em 3/12/2019

Exposição em cartaz no Museu Florestal une ciência, meio ambiente e arte

Permanece em cartaz no Museu Florestal “Octávio Vecchi”, na capital, a exposição Madeira: Ciência e Arte – Gravura e Botânica. A mostra, aberta em 9 de novembro, é resultado de uma pesquisa com a madeira de diversas espécies brasileiras, a maioria amazônica, e que envolveu diversos parceiros. A exposição poderá ser visitada até o fim de janeiro.

O projeto teve início com a pesquisa do artista José Milton Turcato sobre madeiras nativas alternativas em substituição às que eram usadas no Brasil para a arte da xilogravura e que hoje se encontram proibidas ou controladas na extração e comercialização.

Em 2017, a pesquisa foi encampada pelo Laboratório de Produtos Florestais, do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que vem auxiliando desde então com sua experiência e auxiliando nas pesquisas de campo. Em 2018, a artista visual Magdalena Capuano integrou o projeto, por meio da produção e exposição de gravuras.

Ainda naquele ano, os trabalhos foram selecionados pela professora do Instituto de Artes da Universidade de Campinas (Unicamp) Luise Weiss, para que, com o apoio do Instituto de Biologia e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fossem desenvolvidos no âmbito acadêmico.

Apoio

O projeto também teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Universidade de São Paulo (USP) e da empresa Amata Brasil.

A exposição apresenta amostras das madeiras utilizadas na pesquisa feita pelos artistas, matrizes de xilogravuras e as próprias gravuras. Também fazem parte da mostra fotografias microscópicas de madeira, de autoria dos biólogos Peter Stoltenborg Groenendyk, professor da Unicamp, e Alexandre Bahia Gontijo, do SFB.

O museu tem uma relação marcante com a xilografia e conta com um rico acervo de matrizes. Historicamente, o Serviço Florestal do Estado de São Paulo (atual Instituto Florestal), abrigou a Escola de Xilografia do Horto entre os anos de 1940 e 1950. O professor era o alemão Adolph Köhler, que encontrou no guatambu-rosa o melhor substituto ao buxo (Buxus sempervirens), que se usava Europa para a técnica da xilogravura de topo.

O Instituto Florestal (IF), por meio do Museu Florestal, além de atuar no esforço de unir ciência, meio ambiente e arte, fortalece o vínculo com pessoas e instituições parceiras que atuam nesta mesma tendência.

O Museu Florestal está localizado no Parque Estadual Alberto Löfgren (Rua do Horto, 931, São Paulo – SP). O funcionamento é de quarta a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 16h, e excepcionalmente nos fins de semana e feriados, segundo a programação.

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