Ao contar a história de suas origens, usos e estilos, é possível retratar as mudanças no pensamento político e religioso e nos ciclos econômicos do período. O destaque da exposição fica por conta da alta qualidade das peças – nas quais foram empregados métodos e técnicas artesanais –, fruto do trabalho minucioso de artesãos marceneiros cujos modelos de produção perderam espaço para a fabricação industrial em escala.
“O tempo da sociedade de hoje é marcado pela competitividade e pela rapidez de execução, muito diferente de outrora”, descreve Ana Cristina Carvalho, diretora do Acervo dos Palácios e curadora da mostra.
O longo processo de produção desses móveis no passado restringiu o número de peças. Por isso, a importância dos raros exemplares que compõem o Acervo dos Palácios. “Eles retratam a cronologia dos fatos e refletem as mudanças nos modos de vida no Brasil, especialmente em São Paulo”, acrescenta Ana Cristina Carvalho.